domingo, 26 de junho de 2011

História de José Mariano Carneiro da Cunha

José Mariano Carneiro da Cunha
fonte: http://www.alepe.pe.gov.br/sistemas/perfil/links/JoseMarianoCarneiroCunha.html 

José Mariano Carneiro da Cunha, nascido no Engenho Caxangá, Ribeirão (PE), em 8 de agosto de 1850, foi jornalista e político. Fundou o jornal A Província, órgão do Partido Liberal, e dedicou-se às causas abolicionista e republicana. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Foi deputado federal e provincial. Ao lado de Joaquim Nabuco, João Francisco Teixeira, Afonso Olindense, José Maria de Albuquerque Melo, João Ramos, Luís Ferreira Maciel Pinheiro, João Barbalho Uchoa Cavalcanti e outros, empenhou-se na luta pelo fim da escravatura. Para tanto, foi fundada no Recife uma sociedade secreta, o Clube do Cupim, localizada no Bairro da Capunga. Conta o historiador Flávio Guerra: "No Poço da Panela, em casa de José Mariano, onde sua esposa, Dona Olegarinha, que chegara a empenhar todas as suas jóias para ajudar na campanha, se transformara em um autêntico anjo salvador dos negros, os escravos eram escondidos e embarcados altas horas da noite, em botes ou barcaças pelo Rio Capibaribe, que passava ao fundo da casa-grande, tomando o destino de províncias como o Ceará, onde não havia mais escravos." Quando Nabuco e Mariano se candidataram à deputação imperial, ouviam-se, nas ruas, cantigas saudando os dois líderes:

"Dinheiro novo                               "Há muito negro insolente,
 Pernambucano,              e              Com ele não quero engano.
 Doutor Nabuco                             Veja lá que nós não somos
 José Mariano..."                             Fazenda do mesmo pano,

                                                       Disso só foram culpados
                                                       Nabuco e José Mariano..."

 Com o advento da República, Nabuco, fiel à Monarquia, afastou-se da política, mas José Mariano permaneceu nas atividades partidárias, apoiando o primeiro governador de Pernambuco, coronel José Cerqueira de Aguiar Lima. Este não foi recebido pelos republicanos históricos, como Martins Júnior e Ambrósio Machado, nem pelos conservadores liderados por Francisco de Assis Rosa e Silva, que davam suporte à indicação do brigadeiro José Semeão de Oliveira. Com a posse de Semeão, em dezembro de 1889, e a do seu sucessor, Albino Gonçalves Meira, em abril do ano seguinte, José Mariano começou a perder o prestígio político. Em 1891, ingressou no Partido Autonomista. Morreu no Recife, nesse mesmo ano. Escreveu: Constestação; Carta Política; Tragédia em Pernambuco. Era pai do poeta Olegário Mariano e do historiador da Arte José Mariano Filho. No largo do Poço da Panela, em frente à casa 626, que se supõe ter pertencido a dona Olegarinha, há um monumento em homenagem ao abolicionista e a sua luta.

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