ELEIÇÃO 2012 – DICAS COMO COORDENAR CAMPANHA
“Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é
preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão”. Para ser vitorioso você
precisa ver o que não está visível... ’’(Sun Tzu)
1.
Ouvir sugestões da equipe, antes de apresentar
suas propostas.
2.
Discutir e executar o planejamento
3.
Realizar o organograma
4.
Definir a equipe da coordenação geral
5.
Definir o conselho político
6.
Definir o conselho financeiro
7.
Definir a equipe de marketing (comunicação,
mobilização/ação)
8.
Definir os traçados jurídicos
9.
Logística
Formando um corpo político
ORGANOGRAMA – Fazê-lo da
forma mais simples possível, evitando burocratizar. A coordenação é o composto
decisório, mas com o fluxo de contato e avaliação com todo o eixo
participativo.
COORDENAÇÃO-GERAL –
Responsabilidade da equipe, a qual participa efetivamente o candidato
principal, seus conselheiros e equipe técnica. O candidato principal é quem tem
a palavra final, a equipe deverá evitar omissão quando da certeza dos
conflitos. Evitar na coordenação dar valor mais a amizade do que a opinião
sensata e técnica. Cabe a coordenação a Produção do Programa de governo. Cabe a
equipe a tarefa de definir os custos e o cronograma de atividades. Lembre-se o
coordenador em quem dirige a estratégia e as diversas táticas da campanha como
um todo.
CONSELHO
POLÍTICO
– Escalão abaixo do coordenador e nível paralelo ao da diretoria. É composto
por representantes dos partidos da sua coligação e conhecedores da política
local, a exemplo de líderes sindical e das comunidades. Lembre que a formação
deste conselho em momento de crise deve ser menor, preferencialmente formado
por pessoas com mais experiência política.
EQUIPE FINANCEIRA – Está no mesmo
nível do conselho político, sendo coordenador financeiro, responsável pela
maioria das decisões da campanha. Deverá o coordenador ser um bom administrador
de recursos, ter uma visão estratégica, evitar desperdício e utilizar uma
planilha clara na apresentação e resultados. A equipe tem que ser formada com
pessoas de grande confiança, pois recursos podem ser desviados ou mal
administrados, a aplicação ruim é refletida no candidato.
EQUIPE DE
COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA – Responsável pela imagem, produção de programas e
material de campanha, discursos, imagem da campanha e do candidato. Deve ter
formada com jovens e pessoas bem experiente em produção de imagem. Deverá a
equipe está antecipando e promovendo uma imediata cobertura aos eventos
publicitários.
COORDENADOR
JURÍDICO
– O advogado tem que ter atitude respeitosa e forte, saber mediar conflitos
emotivos e rápida decisão para não desencadear insegurança política.
O sucesso de uma campanha eleitoral esta
relacionada ao seu grau de organização, motivação e capacidade em identificar o
desejo da população, apresentando-lhes soluções através de uma ação planejada e
comunicação rápida, clara e persuasiva, atingindo o coração e a mente do
eleitorado. Organizar uma campanha é tarefa trabalhosa, necessita de pessoas
com uma visão profissional ou que possua capacidade de perceber defeitos. O
Marketing eleitoral é uma ferramenta preciosa no resultado eleitoral, nela
habita o planejamento estratégico. Para o filólogo Houaiss estratégia é: "Arte
de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as
condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de
determinados objetivos".
Na
campanha eleitoral os recursos podem ser de três ordens, a saber:
·
Recursos
humanos, composto pelo comitê diretivo da campanha, o comitê financeiro,
publicitários, jornalistas, assessores jurídicos, produtores, técnicos e a
tropa.
·
Recursos
materiais, composto pelo capital, imóveis para instalação dos comitês, peças
publicitárias impressas e eletrônicas, pesquisas qualitativas e quantitativas,
estrutura para comícios, frota para locomoção e transporte, etc.
·
Recursos
imateriais, compostos pelos planos de ação (táticos e estratégicos).
Informação é à base do planejamento
estratégico e é por meio da análise acurada do cenário em que se dará a disputa
que serão definidas as vantagens e desvantagens competitivas, o posicionamento
da candidatura e as táticas a serem utilizadas na conquista dos eleitores. Tal
qual o general em uma guerra será necessário conhecer profundamente do terreno,
as qualidades e defeitos do exército adversário e as nossas. Por isso devemos
zelar pela qualidade das informações que serão analisadas. Planejar com base em
informações imprecisas, erradas, leva a um final desastroso. Melhor navegar sem
bússola a uma que não aponte para o norte verdadeiro.
O planejamento em campanha eleitoral
deverá abranger três níveis complementares, a saber: o estratégico, o tático e
o operacional.
Num primeiro momento buscamos
informações junto a órgãos como IBGE, TCE e TCU, TSE e outros, compilando dados
dos censos econômicos e demográficos, os resultados de eleições passadas, a
evolução do eleitorado, as análises de contas públicas, notícias veiculadas
pela imprensa, etc. Estas informações darão início à constituição de um banco
de dados que será de grande valia para entender o cenário em que se dará a
"batalha das urnas". E não basta compilá-las; será necessário
sistematizá-las e interpretá-las e, para isso, a utilização de ferramentas e
técnicas da tecnologia de informação (TI) será decisiva.”
Nesta fase do planejamento são muito
utilizadas as técnicas do questionário estruturado. Esta técnica quantitativa,
que mescla perguntas abertas e fechadas serve para avaliar o grau de satisfação
e insatisfação em relação aos serviços prestados pela administração (no caso
das campanhas majoritárias) ou do mandato parlamentar, preocupações, desejos,
valores e expectativas dos eleitores em relação ao futuro, avaliação do grau de
conhecimento dos prováveis candidatos, atributos positivos e negativos, perfil
do candidato ideal, lembrança do voto nas eleições passadas, intenção de voto,
rejeição e as motivações do voto e da rejeição de cada candidato.
Convêm lembrar que as pesquisas
quantitativas medem a presença de uma dada qualidade e é expressa em números
que podem ser referenciadas ao conjunto dos eleitores (universo da pesquisa);
possuem elevada representatividade estatística e baixa profundidade.
As
pesquisas qualitativas, por sua vez, objetivam interpretar, à luz da
psicanálise, e de técnicas cognitivas e associativas, as razões profundas de
determinadas posições assumidas pelos eleitores. Buscam compreender, em
profundidade, os critérios utilizados pelo eleitor para a escolha e definição
do voto e são ferramentas fundamentais para a escolha do conteúdo a ser
defendido (o que falar) e da forma (como falar). Embora possuam baixa
representatividade estatística, trazem à tona o que passa na cabeça do eleitor,
chave para o posicionamento eficaz de uma candidatura.
Os grupos focais e as entrevistas em
profundidade são as técnicas utilizadas nas sondagens qualitativas para
trazerem à tona percepções que povoam a mente do eleitor, alicerce do
posicionamento eficaz de qualquer candidatura que se pretenda competitiva.
"A
verdade é irrelevante. O que importa são as percepções que existem na mente. A
essência da ideia de posicionamento consiste em aceitar as percepções como
realidade e então reestruturar essas percepções a fim de criar a posição que
você deseja", alertam Al Ries e Jack Trout.
"Não
há fatos, só interpretações" Nietzsche
Coleta de informações, análise e
interpretação dos dados, busca de novas informações... Este movimento circular,
semelhante ao da construção de uma mola, imprime força e precisão ao planejamento
de uma campanha.
Conhecer a mente do eleitor é
fundamental como ressaltam Al Ries e Jack Trout:
"Quando
você desejar comunicar as vantagens de um candidato a um cargo político ou de
um produto ou mesmo de sua pessoa, você precisa revirar as coisas ao avesso...
Você procura a solução do seu problema, não dentro do produto, e nem mesmo
dentro de sua própria mente... Você busca a solução dentro da mente do cliente
potencial."
A partir da interpretação dos dados
coletados inicia-se o trabalho de posicionamento da candidatura definindo-se os
eixos principais da campanha, isto é, aquilo que será defendido como ponto
programático principal e que deverá ser o diferencial, aquilo que distingue
nosso candidato dos demais concorrentes. Define-se ainda o slogan, o jingle e o
eixo central das peças eletrônicas e dos materiais gráficos.
Rick
Ridder, consultor do Partido Democrata americano ressalta:
"A repetição exaustiva de quatro ou
cinco palavras 'quentes' (slogan), como por exemplo, um adjetivo forte, em tudo
que estiver relacionado ao candidato – discursos ou malas-diretas - levam o
eleitor a, inconscientemente, identificá-lo com elas... O slogan deve conter o
contraste que favoreça o candidato."
Tenha sempre como norte alguns
princípios básicos que asseguram competitividade a seu candidato na disputa.
Todo candidato viável parte de um reduto
e, portanto, como ponto de partida, deverão ser respondidas algumas perguntas:
Quantos
votos eu tenho? Onde estão? Quem são eles (perfil)? Quantos votos necessito?
Quantos votos me faltam? Quais os segmentos semelhantes? Qual o potencial de
votos destes?
As ações de campanha deverão partir do
núcleo de apoio visando sua consolidação e, num segundo momento irradiar ações
em direção aos segmentos semelhantes.
Concentre-se em no máximo cinco pontos
programáticos, pois quem atira para todo lado acaba por confundir o eleitor e
não se distingue dos demais concorrentes.
Reforce
os atributos positivos de seu candidato e minimize os negativos e, se possível
transforme-os em qualidades. Reforce os atributos negativos de seu adversário e
tenha sempre uma arma contra ele; julgue o momento oportuno e usá-la ou mesmo
se deverá usá-la.
Concentre forças no seu principal
inimigo; não desperdice energia e munição atirando para todo lado.
Se a polarização for inevitável procure
atrair seu adversário para o campo que lhe seja mais desfavorável.
Procure fazer seu candidato e o
tesoureiro da campanha entender que campanha cara é aquela que se perde e
lembre-se que em eleição, como na guerra, não existe segundo colocado.
Outras
fontes: http://omancini-marketingpolitico.blogspot.com/2009/04/planejamento-estrategico-em-campanha.html




























